Uma experiência diferente para os alunos de Redação Publicitária.
A dinâmica da aula desta quarta-feira (30/Set) trabalha vários aspectos da atividade publicitária, especialmente:
- a capacidade de interpretar, priorizar e sintetizar informações;
- a habilidade de se comunicar e fazer entender;
- a competência de problematizar; e, é claro…
- …a criatividade.
O desenvolvimento da atividade é este:
- A turma se divide em duplas (afinal, na criação publicitária a vida é sempre a dois);
- Cada dupla recebe um artigo científico (sobre o texto ou a criação publicitária, naturalmente…);
- Após ler e discutir o texto, haverá uma rodada de briefings: uma dupla entrevistará a outra, que passará o briefing do seu artigo para que a outra dupla crie uma campanha publicitária “vendendo” o artigo.
Simples, não?
Mais algumas orientações:
- Os artigos serão sorteados entre as duplas, que terão um tempo determinado (mais ou menos 30 minutos) para ler e discutir. Em seguida, as duplas terão mais 30 minutos para entrevistarem-se, e o restante da aula para criar, pelo menos, o tema da campanha.
- Os briefings deverão ser inseridos como comentários neste post e serão “validados” pela dupla do artigo sendo “vendido”, também na forma de respostas aos comentários.
- As peças finalizadas deverão ser apresentadas e defendidas em sala.
Segue a relação dos artigos utilizados para a oficina:
- ABREU, K. C. K. Aspectos da criação publicitária. IN: Biblioteca On Line de Ciências da Comunicação (BOCC)–Universidade da Beira Interior, Covilhã/Portugal. 2010. Disponível em: http://www.bocc.uff.br/pag/bocc-kraemer-criacao.pdf. Acesso em: 2015-09-22.
- CARRASCOZA, J. Duchamp e a anestesia estética na publicidade. Comunicação, Mídia e Consumo, v. 2, n. 4, 14 jul. 2008. Disponível em: http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comunicacaomidiaeconsumo/article/view/5164. Acesso em: 2015-09-22.
- GIACOMINI FILHO, G. Tipologias de imitação estética na propaganda. Artigo. Disponível em: http://repositorio.uscs.edu.br/handle/123456789/236. Acesso em: 2015-09-22.
- GOŅCALVES, E. M. A mensagem publicitária na era tecnológica: nova forma de reproduzir o universo. [s.l.] Tese (Doutorado em Comunicação Social). Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 1999. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/69ed95bebfc68d559787e37af26b81d2.pdf. Acesso em: 2015-09-22.
- JESUS, D.; CAMARGO, P. R. Slogan publicitário é isso aí! Comunicação & Inovação, v. 2, n. 4, 19 maio 2010. Disponível em: http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_comunicacao_inovacao/article/view/787. Acesso em: 2015-09-22.
- MONNERAT, R. Imagem e cor no discurso publicitário: o sequestro do olhar. Cadernos do CNLF, v. 14, n. 2, p. 1067–1076, [s.d.]. Disponível em: http://www.filologia.org.br/xiv_cnlf/tomo_2/1067-1077.pdf. Acesso em: 2015-09-22.
- PETERMANN, J. Imagens na publicidade: significações e persuasão. UNIrevista (UNISINOS. Online), v. 1, p. 1–8, 2006. Disponível em: http://gnuclear.net/test/us01apos/a041212O%20Uso%20da.PDF. Acesso em: 2015-09-22.
- RESINA, M. M. A manipulação dos contos de fadas. Miscelânea, v. 6, p. 157–167, 2009. Disponível em: http://polo1.assis.unesp.br/Home/PosGraduacao/Letras/RevistaMiscelanea/v6/maria.pdf. Acesso em: 2015-09-22.
- RIBEIRO, R. R. A ação dos signos nos anúncios publicitários. Trabalho apresentado, 2002. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/89506948037934095223281879452182028158.pdf. Acesso em: 2015-09-22.
- SEGATTO, L. S.; KNOLL, G. F. Análise dos recursos multimodais em texto publicitário impresso. Signo, v. 38, n. 64, p. 66–83, 27 jun. 2013. Disponível em: http://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/3377. Acesso em: 2015-09-22.
- TEIXEIRA, J. A reciclagem do significado de comunidade : processos de reinterpretação no texto publicitário. 2006. Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/5250. Acesso em: 2015-09-22.
- TOJAL, M. D. Comunicação digital: novos usos da escrita e sua projeção no texto publicitário. Intercâmbio. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. ISSN 2237-759X, v. 27, n. 0, 19 dez. 2013. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/intercambio/article/view/17695. Acesso em: 2015-09-22.
7 comentários em “Oficina de briefing / criação / ciranda / tudo-em-um científica”
Briefing
Cliente: “Tipologias de imitação estética na propaganda” – Gino Filho
Preparado por: João Luiz Azevedo e Wilker Guedes
Cenário:
Nada que é criado hoje em dia no mundo e na publicidade é 100% original. Buscar referências visuais sempre foi muito importante para estimular o processo criativo. Ultimamente, principalmente devido a ascensão da internet, as pessoas têm copiado ideias exatamente iguais a outras já desenvolvidas em peças existentes, ainda que estejam em países diferentes.
Além disso, tem ocorrido uma apropriação estética de logotipos e identidade visual, por exemplo. Marcas menores têm se apropriado de concorrentes maiores, utilizando suas cores, logotipo, slogans. Geralmente com produtos mais baratos e de qualidade inferior, eles utilizam esse método para atrair o consumidor que já está familiarizado com a marca original. Agindo assim, poupam-se esforços de tempo e dinheiro para se planejar uma nova marca ou campanha.
Objetivo:
A campanha tem como objetivo conscientizar o público alvo sobre a existência do plágio, da falsificação e da pirataria que são práticas ilegais e que muitas vezes são utilizadas na publicidade. Divulgar outras formas existentes de apropriação estéticas que não são “cópias descaradas”. Aprimorar o processo criativo dos profissionais evitando os clichês, a produção em massa e estimulando a criatividade.
Público alvo:
Homens e mulheres, entre 20 e 25 anos, moradores de Brasília, de classe ABC, acadêmicos de Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, em fase de conclusão de curso.
Foco da campanha:
Novos publicitários precisam ver que existem diversas formas de estimular a criatividade e criar coisas novas.
Razões para acreditar:
Copiar ideias alheias além de demonstrar total falta de profissionalismo e criatividade, é antiético e ilegal.
Obrigatoriedades:
O nome do artigo e autor necessita estar presente nas peças, pois são as principais referências para a criação da campanha.
Verba:
Não especificado.
Cronograma:
A definição do formato, meio e veículo ficará a cargo da equipe de mídia. Entretanto, o cliente destacou que gostaria de veicular anúncio em cartaz impresso e também a criação de uma ação desenvolvida nas mídias sociais, especialmente em página no Facebook.
Cliente: Leticia Vieira e Bruno Lucena
Produto: Artigo – A mensagem publicitária na era tecnológica: nova forma de
produzir o universo
Preparado por: Isabela Borges (14/0083103), Jorge Junior (14/0023640) e
Paula Vieira (12/0167832)
Cenário:
O contexto da comunicação atual está estruturada em um formato
mais aberto, fluido, natural e interativo. A antiga estrutura engessada ficou para
trás e deu lugar a uma mais integrada. Os profissionais da comunicação estão
mais multifuncionais, mesmo que com cargos pré-estabelecidos é permitido (e
recomendado) que eles atuem de forma integrada, dando liberdade para exercer
funções paralelas de forma colaborativa em outras áreas.
Problema:
Mesmo com esse cenário descrito anteriormente, ainda existem
alguns profissionais da comunicação que insistem em enxergar o campo e atuar
nele de forma arcaica, impedindo que o processo se torne interdisciplinar.
Objetivo:
Atrair o publico a fazer a leitura do artigo de maneira mais receptiva. A
intenção dessa campanha é fazer com que seu publico já comece a quebrar as
barreiras pré-estabelecidas ao longo de suas carreiras e se sintam estimuladas a
lerem o artigo que irá complementar a idéia inicial da campanha.
Público-alvo:
Profissionais conservadores. Esse profissionais já estão há muito
tempo no mercado e se vêem bem sucedidos nele, portanto já têm uma idéia
pronta do que funciona e não funciona, e têm resistência a aceitar o novo
cenário. Consideram-se experts no assunto e não vêem necessidade de renovar
seus conceitos.
O que queremos dizer:
O campo da comunicação está em constante
transformação, portanto seus profissionais não podem ficar estagnados e presos
a antigos padrões. É preciso desconstruir modelos rígidos para que todo
potencial tantos dos profissionais quanto do campo da comunicação sejam
constantemente explorados e estimulados à evolução.
Obrigatoriedade:
Nome do artigo e do autor presente em todas as peças.
Cliente: Isabela Borges e Paula Vieira.
Projeto: Campanha para divulgação do artigo “Slogan publicitário, é isso aí!”
Preparado por: Letícia Cavalcante e Bruno Lucena.
Cenário:
O artigo “Slogan publicitário é isso aí!” de Paula Renata está inserido no contexto de material didático destinado aos estudantes de publicidade. Sua abordagem simples e acessível traz as questões básicas de estrutura e o que é necessário para um slogan publicitário de sucesso.
A obra não aprofunda muito no estudo de redação. Apresenta o básico necessário para os estágios iniciais de estudo. Dentro desse contexto, o artigo necessita alcançar seu público se destacando em meio a outros textos do mesmo segmento.
A campanha deve instigar leitores em potencial para adquirir o artigo. A divulgação deve focar na linguagem tranquila e acessível do texto, mostrar seus atrativos enquanto texto publicitário para iniciantes.
3) Público-alvo:
Estudantes de publicidade que estão recém-chegados no curso, além de empresários leigos que desconhecem do assunto.
4) Qual a coisa mais importante que queremos dizer?
Nosso objetivo é mostrar para o público alvo que a criação de um slogan não é um bicho de sete cabeças e que qualquer um pode fazê-lo seguindo os passos apresentados no artigo.
5) Qual o racional que suporta as razões para acreditar:
A autora constrói sua argumentação com base em citações de slogans famosos ao logo do texto. Esse recurso de uso de exemplos além da linguagem simples para explicação de conceitos são ótimos argumentos para expor para os leitores.
6) Obrigatoriedade:
Nome do artigo e autora em destaque nos meios de divulgação da campanha.
Briefing
Produto: “Imagem e Cor no Discurso Publicitário: O Sequestro do Olhar” – Rosane Monnerat
Preparado por: Isabella Campedelli e Carolina Saboia
Cenário:
A profissão dos designers atualmente passa por uma fase de ansiedade. No dia 30 de setembro de 2015, o Projeto de Lei da Câmara que regulamenta a profissão de designer, segue para sanção presidencial. O projeto determina que somente profissionais graduados em curso superior, ou pessoas com experiência mínima de três anos até a data da publicação da lei, podem exercer a profissão de designer.
Porém, enquanto o projeto não se concretiza em lei, muitas pessoas sem diplomas continuam fazendo peças gráficas por preços mais acessíveis, principalmente para pequenos comerciantes ou familiares. Essas pessoas que atuam na área dos designers e publicitários não adquirem muitos conhecimentos teóricos, pois já começam com a prática e negociam diretamente com as gráficas para imprimir seus produtos.
Objetivo:
Incentivar a leitura de um artigo que ensina conceitos mais básicos, para pessoas que não têm curso específico, mas atuam na área. Tornando cada vez mais profissional o contexto de produção de material gráfico.
Público alvo:
Pessoas que fazem artes gráficas, mas são amadoras, sem vínculo com nenhuma agência ou formação em área de criação de peças gráficas.
Razões para acreditar:
Conhecimentos teóricos são revertidos em boas ideias na prática. Por isso, este público que não tem formação deve procurar se informar a respeito de elementos gráficos como imagem e cor, que são de grande importante na produção de uma peça, para que possam atuar de uma forma mais profissional.
Obrigatoriedades:
Nome do artigo, da autora, e onde se encontra disponível na internet.
Possível veículo para inserção:
A internet poderia ser um local de inserção destes anúncios, mas os clientes acreditam que com cartazes nas próprias gráficas onde este público-alvo vai para imprimir seus produtos também seria eficaz. Um banner chamaria atenção do público por ser da mesma natureza que o produto que eles vendem.
Cliente: Gustavo e Bernado
Projeto: Campanha para a divulgação do artigo “Aspectos da criação publicitária”, de Karen Cristina Kraemer de Abreu
Preparado por: Fernando Morais e Maria Flores
1) Cenário: O artigo “Aspectos da criação publicitária” faz parte de um contexto de difusão midiática e grande quantidade de material publicitário em circulação, fazendo-se necessário um estudo aprofundado a respeito do processo de criação publicitária de cada mídia. O artigo traz à tona o fato de que cada mídia possui sua especificidade e, portanto, o criador publicitário deve produzir suas peças levando em conta não só o público-alvo a qual elas se destinam, mas os detalhes e particularidades de cada veículo midiático, uma vez que estes influenciam diretamente na eficácia da peça.
2) Objetivo: A campanha terá como objetivo difundir a ideia de que a criação não pode ser feita de modo independente da mídia que ela será veiculada. A produção de peças é totalmente dependente dos veículos.
3) Público-alvo: O público-alvo é composto por pessoas envolvidas na área da Publicidade e Propaganda e que estudam assuntos relacionados.
4) Qual a coisa mais importante que queremos dizer? O mais importante da campanha é mostrar aos profissionais de criação que a mídia a ser veiculada a sua peça não deve ser subestimada, pois o sentido das peças publicitárias está diretamente ligado a elas.
5) Qual o racional que suporta as razões para acreditar? A autora utiliza referências de credibilidade e cita situações práticas para fomentar a ideia de que o dia-a-dia da criação envolve pensar nas mídias e como elas funcionam.
6) Obrigatoriedade: O nome do artigo e da autora devem estar destacados a fim de dar credibilidade à campanha.
Briefing
Cliente: Igor e Ariele
Projeto: Campanha para a divulgação do artigo “A manipulação dos Contos de Fada” – Maria Madalena Resina
Preparado por: Marina Melo e João Victor Maciel
Cenário:
O artigo está inserido no contexto de manipulação por meio da sedução do público feminino. Sua abordagem é de fácil compreensão e traz os insumos utilizados para a construção da campanha do Boticário.
Objetivo:
É estimular a leitura do artigo. A divulgação deve focar numa linguagem simples e atrair o leitor a leitura do artigo.
Público Alvo:
Estudantes de publicidade e curiosos sobre o assunto.
O fator mais importante:
Mostrar o universo lúdico voltado para a atualidade e destacar o empoderamento da mulher.
Razões para acreditar:
Por abordar os contos de fadas, o artigo remete ao imaginário feminino e por ser de fácil compreensão chama a atenção do leitor.
Obrigatoriedades:
O nome do artigo e do autor e o título da campanha abordada.
Clientes: João Victor e Marina Ximenes
Projeto: Divulgação do artigo “Imagens na Publicidade: Significações e Persuasão”
Preparado por: Ariele Andréia e Igor Rodrigues
VISÃO GERAL: O Artigo que será promovido fala a respeito da necessidade da publicidade em ser multimodal, sem frisar apenas em textos ou imagens, mas em ambos trabalhando juntos e se complementando. Assim, a complementação dos elementos deve visar a identificação com o público, despertando seu interesse mesmo que o conteúdo não seja reconhecido de cara.
OBJETIVO DA CAMPANHA: Promover o artigo perante o público certo para que estes entendam quais pontos interessantes o texto tem a propor e a necessidade de realizar a leitura e entende-lo.
PÚBLICO ALVO: Por ser um artigo interessante principalmente para publicitários e formandos da área, a campanha deve ser objetivada inicialmente aos Universitários em publicidade. Brasileiros, homens e mulheres, aproximadamente de 18 à 24 anos. Moram em grandes centros (onde há maior número de agências de publicidade, seus futuros campos de trabalho) e gostam de festas universitárias e programas com os amigos. São extremamente ligados em redes sociais e começam a se desligar de meios de comunicação tradicional como rádio e televisão. Quando ainda assistem televisão, se focam em canais fechados.
CONCEITO: Passar a ideia de ajudar na construção da credibilidade de campanhas, no sentido no qual ensina certa lógica no uso dos elementos para produção de peças, por exemplo.
RAZÕES PARA AGIR OU ACREDITAR: A autora utiliza diversos estudos de caso sobre os pontos específicos que julga relevante na defesa de sua tese – necessidade das campanhas serem multimodais e modos de utilizar elementos como cores, formas e planos.
OBRIGATORIEDADES: É necessário deixar expresso o nome do Artigo e autora. Pode-se colocar algum modo no qual o público interessado acesse o artigo, como link ou QR code, a ser pensado pela equipe responsável à criação.
INSIGHTS: Utilizar-se do princípio de que há bons modos de campanhas serem atrativas a primeira vista mesmo que o conteúdo não seja reconhecido inicialmente, e trazer essa reflexão para o real, cotidiano, reconhecível por todos. Como seria o mundo se não houvesse simetrias e lógica nas coisas básicas?
CRONOGRAMA: Os meios a serem veiculados devem ser pensados pela equipe responsável a seleção de mídias, levando em consideração o perfil do público alvo aqui estabelecido. De início, aconselha-se principalmente veiculação online em redes sociais. Além disso, deve ser pensado a viabilidade de promover campanha impressa nos locais onde o público alvo se concentra.